domingo, 1 de março de 2015

Resuminho do histórico/ pequena introdução da química orgânica- meu caderno de química (ogânica)


Histórico Orgânico


 1777 - Bergman (Torbern Olof Bergman, um químico sueco) dividiu os compostos químicos em:
-Orgânicos: compostos de origem mineral. Ex.: CaCO3 (giz), H2O, CO2
  Muitos elementos químicos (digamos que a tabela periódica inteira)/ poucas fórmulas
-Inorgânicos: compostos de origem animal e vegetal. Ex.: C6H12O6 (glicose), (NH2)2CO (ureia), CH4 (metano)
  Poucos elementos químicos (CHON>> Lavosier os chamou de elementos organógenos/ responsáveis pela "fabricação" da vida)/ muitas fórmulas

1807 - Berzellius (Jöns Jacob Berzelius, outro químico sueco) formulou a Teoria da Força Vital, que acreditava que para um composto orgânico ser sintetizado era necessário a presença de uma "força vital" junto com o CHON. (na época não conseguiam formar substâncias orgânicas)

1828 - O químico alemão, Friedrich Wöhler derrubou a teoria da força vital quando fabricou  artificialmente, pela 1a vez, um composto orgânico (ureia) a partir de um composto inorgânico >>> com isso ele quebrou a teoria e a definição do "orgânico"

Nova definição de orgânica (formulada por Kekulé)


Definição do Friedrich August Kekulé, um químico alemão:
"Química orgânica é a química que estuda os compostos de carbono"
obs.: todos os compostos orgânicos têm carbono, mas nem todo composto com carbono é orgânico.

Esqueminha mostrando compostos que apresentam C, mas não são orgânicos


Características do carbono/ postulados do Kekulé


1) Tetravalência/ tetravalente* - faz 4 (tetra) ligações
    *"tetracovalente", prefere fazer ligação por compartilhamento
        Representações do carbono:
Cada tracinho representa um ligação
a) 4 ligações simples

b) 2 ligações simples e 1 ligação dupla

c) 1 ligação simples e 1 ligação tripla

d) 2 ligações duplas



2) Equivalência das ligações - todas as ligações (simples, duplas ou triplas) são equivalentes**, ou seja, têm a mesma força e o mesmo tamanho.
Creio que este postulado serve pra dizer que caso o carbono esteja ligado a um elemento por uma ligação simples no "lado esquerdo", o carbono ligado com o mesmo elemento no "lado direito" representa o mesmo elemento/ a mesma coisa.
 **ligações simples são equivalentes entre elas, as duplas também, entre ligações duplae e triplas, ídem

figura (que está no meu caderno) serve pra reforçar a minha "crença" da utilidade do postulado

3) Encadeamento - O carbono forma cadeias carbônicas (vários carbonos ligados entre si)
Exemplo duma cadeia carbônica (com fórmulas estruturais e molecular)

Bom, acho que pra introdução, o que fiz já é o suficiente. 
Basicamente, a química orgânica estuda as "funções orgânicas", analisar o tipo de cadeia carbônica, reconhecer que tipo de substância (a função orgânica) o composto/ a cadeia pertence, a nomenclatura de uma grande gama de compostos orgânicos,  como são obtidos algumas funções, pra quê que serve cada função... e isomeria. 
Mas o quê e quais são as"funções orgânicas"? R: As funções orgânicas são os compostos orgânicos (compostos com carbono) que se agrupam por terem características (átomos constituintes, radicais ou natureza/ utilidade) semelhantes. As funções orgânicas são estas: hidrocarbonetos, alcoóis, fenóis, éteres, ésteres, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, aminas,amidas e haletos orgânicos.
Sim, são muitos. São muitas nomenclaturas que devemos saber ou pelo menos decorar pra nos dar bem na matéria. A boa e má notícia é que quase tudo nesta matéria é acumulativa, se decorarmos/ entendermos/ manjarmos duma função, pra manjar das outras é só uma questão de tempo (ou de um pouco mais de estudo)
Acho que é isso. Beeem resumidamente, a maior parte do que irei falar (e que está no meu caderno) de química orgânica é como nomear quase todos muitos dos compostos que fazem parte das funções orgânicas.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Reino Plantae (II) - meu caderno de biologia

 Como o assunto é relativamente extenso, dividi as plantinhas em dois posts. Nesta segunda parte estarei falando da reprodução (superficialmente) e dos tecidos das metáfitas

Reprodução


 As plantas podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada

  Reprodução assexuada:
   Em algumas plantas, é possível a reprodução vegetativa, processo na qual envolve pedaços da planta original (planta mãe). Esse processo é possível pois o vegetal adulto possui tecidos meristemáticos (embrionários) que podem gerar descendentes geneticamente idênticos à planta mãe tendo condições favoráveis.
   Tendo em vista este tipo de reprodução, algumas pessoas que cultivam as plantas se aproveitam deste processo para obterem plantas iguais (ou pelo menos parecidas) seja para terem mais frutos igualmente adocicados, flores igualmente coloridas, etc..
   Existem diversas técnicas que são utilizadas para a produção de plantas "iguais", mas as que estão anotadas no meu caderno (o que o prof citou na sala) são:
    -Estaquia- tirar uma estaca (um ramo/ galho) e plantar o ramo
    -Mergulhia- mergulhar o ramo
    -Alporquia- levar o solo (sacos de terra) pro tronco 
    -Enxertia- colocar parte de uma planta viva em outra, com este processo pode-se criar plantas híbridas (Ex.: toranja (pomelo + laranja) ou laranja sanguínea (carmesim + laranja)
   
  Reprodução sexuada:
   De modo geral, os quatro tipos de plantas (briófitas, pterodófitas, gimnospermas ou angiospermas) passam pelo ciclo haplodiplobionte quando se reproduzem sexuadamente.
   No ciclo haplodiplobionte, há a alternância de dois tipos de gerações: Gametófito /haploide (n) e  Esporófito /diploide (2n).
  Os esporófitos produzem esporos por meio da meiose espórica, os esporos germinam e originam uma nova planta.
  Os gametófitos surgem em uma certa época do ano e são efêmeros (duram por um determinado tempo e depois morrem), eles produzem as gametas que quando fecundados geram os zigotos, que originam os esporófitos

Esquema do ciclo haplodiplobionte feito no paint (tá quase igual ao do meu caderno ;) )
 Como foi dito antes, as formas de reprodução sexuada dos criptógamas e fanerógamas são parecidas, pois todos passam pelo ciclo haplodiplobionte, porém, há certas diferenças se formos analisar os quatro grupos de plantas, o tipo de estrutura reprodutiva que cada planta possui é ligeiramente diferente, com isso, um monte de nome diferente para a "mesma coisa".. Não consigo explicar com textos as diferenças, pois no meu caderno só copiei os 4 esquemas (desenhos.. sim, consegui copiar os desenhos dos slides que o prof estava apresentando/ explicando) E.. é aprofundado de mais para se pedir numa prova, a não ser prova de vestibular ;) na verdade, cheguei a decorar os quatro esquemas, mas sei la.. não me sinto seguro para explicá-los aqui e não caiu na prova XD
 Tentei escanear o meu caderno mas não ficou legal de ver, por isso procurei na net e achei os  esquemas da reprodução sexuada dos 4 grupos de plantas ;)




A figura é legal, mas não dá de ver direito o que está escrito, copiei os textinhos caso precisem..
1. Polinização- o vento, insetos (abelhas, besouros), aves e morcegos transportam o pólen de uma flor a outra ou da parte masculina a parte feminina da mesma flor;
2. Fecundação- É a união da oosfera (gameta feminino) com o núcleo espermático (gameta masculino). Nesse processo ocorre a formação de um tubo, o tubo polínico, que possibilita o gameta masculino encontrar a oosfera;
3. Formação de frutos- Os óvulos transformam-se em sementes. O ovário da flor desenvolve-se, formando o fruto;
4. Germinação das sementes- A maioria dos frutos maduros desprendem-se da planta e liberam as sementes. Essas caem no solo e podem germinar, dando origem a uma nova planta


 Como foi dito na legenda da última imagem do post "Reino Plantae (I)", as briófitas são as menos evoluídas e as angiospermas, as mais. Bom, dá de ver isso (o nível evolutivo) na reprodução delas..
 Enquanto as briófitas tem os gametófitos "à mostra" por mais tempo, as angiospermas tem uma dominância na geração esporófitos, mas o quê que isso tem a ver com evolução?
  É que é mais difícil de se fecundar duas gametas do que germinar esporos.. e no caso das briófitas e pteridófitas, é preciso de água para ajudar os se encontrarem (daí é "menos evoluído", resposta que eu mesmo cheguei à conclusão, portanto se alguém achar que está errado, favor me corrigirem)

Histologia Vegetal


   As plantas possuem basicamente dois tipos de tecido: o tecido meristemático ou embrionário e o tecido permanente ou adulto.
   Os tecidos meristemáticos tem uma alta capacidade mitótica e baixa diferenciação, eles participam do crescimento primário (comprimento) e secundário (espessura- em algumas plantas como rosas ou fungos não têm) e formam o tecido permanente, que participa do revestimento, preenchimento, sustentação e condução de substâncias dentro da planta.

Epiderme- uma camada de células vivas;
                     reveste folhas, partes jovens e raiz (zona pilífera); anexos: estômatos, hidatódios, cutícula, acúleos (espinhos) e pelos.
   Estômatos: participa na troca de gases (CO2, vapor d'agua, O2) entre a planta e o meio.
Ostíolo é o buraco q as células-guarda do estômato formam qndo ele está aberto

  Hidatódios: estômatos modificados, especializados em eliminar excessos de líquido na planta, geralmente presentes nas bordas das folhas. Gutação é nome dado ao processo em que as plantas eliminam a água através destes anexos.

O tal do processo chamado de gutação
Súber ("casca")- camadas de células mortas;
                           anexos: ritidoma, lenticela
  Ritidoma: súber/ casca da árvore que cai, que se solta. Quando a árvore vai engrossando, a casca de fora (súber externo) se rache e caia.
tem nome p/ td em biologia.. até para a casca que se solta da árvore: ritidoma 

  Lenticela: "mini poros" do súber.

Colênquima- células vivas que receberam um reforço de celulose nos cantos da célula (da parede celular); presentes nas partes jovens --> sustentação com flexibilidade (Ex.: extremidade do caule, raízes, frutos e flores);
                          pode ser comparado com o "tecido cartilaginoso (orelha, nariz)" dos animais

Esclerênquima- células mortas/ com o passar do tempo, lignina e suberina tampa a parede celular, impossibilitando a troca de substâncias das células, levando-as ao óbito;
                                 "tecido ósseo";
                                 principais células: fibras e escleritos ou esclerídeos.

Xilema (ou lenho)- células mortas;
                                transporta seiva bruta (inorgânica) da raiz às folhas / sentido ascendente / sobe por causa da capilaridade, ocorre evaporação nas folhas/ estômatos que gera uma diferença de pressão, aí o líquido é sugado pra cima;
                                tecido mais interno da planta; em algumas árvores (maiores) o xilema também tem função de sustentação;
                                células condutoras que compõem o xilema: vaso e traqueíde

Floema (ou liber)- células vivas/ transporta seiva elaborada (orgânica) das folhas às raízes / sentido descendente/ desce;
                                tecido mais externo da planta, ficando logo abaixo da casca da planta;
                                células: tubo crivado (furado) e célula companheira
O desenho mostra o uma forma de matar uma árvore com o uso do anel de malpighi, a seiva bruta sobe, é transformada e elaborada nas folhas mas não consegue descer para nutrir as partes inferiores da planta, causando a morte das raízes e consequentemente planta inteira morre, pois não recebe mais seiva bruta
Obs.: quando o anel de malpighi é deito em certos galhos, a seiva elaborada produzida pelas folhas do galho nutrem exclusivamente os tecidos do galho (não é mais distribuído para a árvore inteira como antes) portanto, há uma maior facilidade na floração e os frutos ficam maiores e mais doces. 

Parênquima clorofiliano (ou assimilador)- tecido responsável pela fotossíntese;
                                                                            presentes nas caules verdes (cactus) e folhas
Deseinho feio que mostra algumas estruturas citadas neste post. Era só pra ilustrar que o parênquima clorofiliano (no caso, de uma folha) fica no meio da folha e só há uma camada células da epiderme envolto pra que o tecido consiga realizar fotossíntese. Se a epiderme fosse muito espessa, iria bloquear os raios solares, diminuindo o rendimento da fotossíntese

Parênquima amilífero (ou de reserva) - tecido responsável pela reserva de nutriente principalmente na forma de amido;
                                                                      é mais abundante nas raízes (tubérculo);
                                                                      Ex.: batata doce, beterraba, cenoura, mandioca, ...

Parênquima aerífero (ou aerênquima)- tecido que armazena ar para que as plantas (aquáticas, como vitória régia e aguapés) possam boiar. Não tem muito a ver pra elas respirarem..

Parênquima aquífero- tecido responsável pelo armazenamento de água, presentes principalmente em plantas xerófilas (plantas que habitam ambientes mais secos)

>>Precisa de fotos de batata doce, beterraba, mandioca, aguapé ou de cactus? hahah


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Reino Plantae (I) - meu caderno de biologia

  Os representantes deste reino como o nome sugere, são as plantinhas do nosso dia a dia, mas só pra complicar (acho) existem outros nomes para este reino, o menos sugestivo é este: metaphyita /metáfita/ (ph tem o som de f.. ai acho q dá o mesmo).
  As plantinhas são eucariontes (possuem carioteca/ membrana nuclear), são pluricelulares e autótrofos fotossintetizantes. Eles são divididos em dois grandes grupos: criptógamas e fanerógamas. As criptógamas são divididas em dois outros grupos e as fanerógamas também.

   Divisão do 
 Reino plantae
  /                                   \
       Criptógramas                        Fanerógramas
  /             \                              /              \
          Briófitas      Pteridófitas     Gimniospermas    Angiospermas

Em sentido horário (começando do quadro superior à esquerda): musguinho/briófita; samambaia/pteridófita;
arvore "normal"/angiosperma e araucária/gimnosperma

Características (básicas)

Briófitas: avasculares/ atraqueófita, ou seja sem vasos de seiva (bruta ou elaborada). Sem vaso, os nutrientes são passados de célula a célula, resultando numa planta pequena, facilitando a troca de nutrientes.
  Ex.: musgos
Pteridófitas:  vasculares/ traqueófita (com vasos condutores de seiva)
  Ex.: samambaia
Gimnospermas: vasculares, com sementes "nuas", presença do estróbilo (inflorescência)
  Ex.: sequoias, pinheiros
Angiospermas: vasculares, com sementes e fruto. São divididos em monocotiledônea e dicotiledônea
  Ex.: (mono) arroz, milho, trigo/ (di) feijão, soja
"Evolução" das metáfitas (da menos à mais evoluída): briófitas < pteridófitas < gimnospermas < angiospermas